O autor britânico Ian McEwan sempre aparece na minha caixa de entrada, com leitores me recomendando algum de seus livros. E, sem qualquer dúvida, “Reparação” é o mais indicado e o queridinho de muitos por aí, ganhando maior repercussão depois que foi adaptado ao cinema, com o filme “Desejo e reparação”, indicado em várias categorias do Oscar de 2008. Mas será que é tudo isso que dizem?
Na minha opinião, é um livro maravilhoso e merece todos os elogios! Com pouco menos de 500 páginas, o romance de Ian McEwan serve um pouco de tudo: personagens bem construídos, pano de fundo histórico, escrita fluída e uma narrativa envolvente. O que mais podemos pedir? E o curioso é que demorei para seguir a recomendação de tantos seguidores por aqui, porque a sinopse não me chamava tanto a atenção. Mas o talento de McEwan nessa obra só me confirmou que eu preciso confiar mais em vocês!
A personagem principal é Briony Tallis, uma garota que passa o verão com sua família em uma casa de campo na década de 30, pré Segunda Guerra Mundial. Em um dia de muito calor, Briony vê da janela sua irmã mais velha tirando a roupa e entrando em uma fonte, enquanto um garoto a observa. Influenciada por esse acontecimento, a jovem acaba fazendo escolhas e acusações que vão segui-la por toda a sua vida. Um erro que poderá ser reparado?
A parte da infância de Briony, sua perspectiva do que está a sua volta e os fatos que circundam o acontecimento é, para mim, o ponto alto do livro. Mas o autor também consegue dar sequência à narrativa de forma impecável, desenvolvendo as complexidades psicológicas de cada personagem. Destaque também para a parte envolvendo a Segunda Guerra e para o epílogo.
“Reparação” é um daqueles livros que, durante a leitura, me pegava pensando: que incrível!!!!