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Relato de um náufrago, de Gabriel García Márquez | Resenha

Publicada em vários capítulos no Jornal El Espectador, em 1955, “Relato de um náufrago” é uma das primeiras obras escritas por Gabriel García Márquez e nos apresenta um texto jornalístico, que causou fortes impactos na sociedade da época. A narrativa traz em detalhes os 10 dias de Velasco, um marinheiro que é arremessado, junto com outros colegas, de um navio durante uma tempestade em fevereiro de 1955. Velasco foi o único sobrevivente da tragédia e ficou à deriva sozinho em uma pequena balsa por 10 dias até ser encontrado em condições extremas.

NOTA 9/10

DIVERSOS

O retorno, de Dulce Maria Cardoso | Resenha

A literatura portuguesa já conquistou meu coração de leitora há anos, com várias obras entrando para a minha lista de favoritas da vida. O que sempre me incomodou, confesso, era a pouca presença de autoras mulheres nas minhas leituras. O Retorno, de Dulce Maria Cardoso, estava na minha estante há tempos - e fico muito feliz de finalmente ter dado uma chance a ele. Fui imediatamente envolvido pela narrativa e pela força da temática.

NOTA 9/10

DIVERSOS

NOTA

Enquanto eu respirar, de Ana Michelle Soares | Resenha

Me deparei com a incrível AnaMi, como era carinhosamente chamada, depois de ter lido o livro “A morte é um dia que vale a pena viver”, da Dra. Ana Claudia Arantes, médica especializada em cuidados paliativos. Com a Dra. Ana Claudia, comecei a compreender a importância e o real significado da medicina paliativa. AnaMi era não apenas uma paciente, mas uma grande amiga da médica.

A ideia de escrever o livro surgiu depois que AnaMi foi diagnosticada com um câncer de mama metastático, quando tinha 32 anos. Ou seja, de acordo com os seus médicos, não havia cura para a sua doença, mas apenas uma possibilidade de controle, enquanto o paciente deveria aproveitar os anos que ainda tinha pela frente. A autora se viu de cara com a morte.

A realidade de AnaMi fez com que ela não passasse a sofrer diariamente com o medo do que viria pela frente, mas sim que aprendesse a viver intensamente o dia de hoje, que era a sua – e a nossa – única certeza. E é essa jornada que a autora compartilha com nós em “Enquanto eu respirar”, um belíssimo relato autobiográfico sobre cuidados paliativos, medo da morte, incertezas, mas, sobretudo, de alegria, bom humor e vontade de viver.

Além disso, grande parte da obra é voltada para a sua emocionante amizade com Renata, uma companheira de jornada e paciente paliativa que exalava sabedoria na forma com que lidava com as dificuldades. A relação entre as duas é inspiradora e nos faz refletir demais sobre o valor que damos a nossa saúde e aos dias que vivemos.

Terminei o livro com muitas lágrimas nos olhos e, por uma triste coincidência, fiquei sabendo que a AnaMi faleceu algumas horas depois. Recentemente, foi lançada uma obra póstuma da autora, “Entre a lucidez e a esperança”, em que ela discorre sobre os últimos anos e a sua lista de desejos. Vocês ainda podem continuar acompanhando o lindo trabalho que ela criou com o @paliativas!

Leiam AnaMi, assim temos a certeza de que suas palavras continuarão vivas por muitos tempo!

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Água de barrela, de Eliana Alves Cruz | Resenha

Escolhido para o mês de março do Desafio Bookster 2023, o livro traz um relato intenso sobre o brutal e centenário período de escravização que marcou o país. A narrativa é contada, sobretudo, a partir de personagens femininos, percorrendo várias gerações de uma família, desde a captura forçada de pessoas no continente africano, passando pela abolição da escravização, até os dias atuais.

NOTA 9,5/10

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Serotonina, de Michel Houellebecq | Resenha

Você gosta de encontrar personagens que te causam raiva e uma sensação de aversão? Há autores que têm essa característica e conseguem, por meio das palavras, construir personas controversas, usando dessa habilidade para tocar em temas polêmicos e sensíveis.

NOTA 9/10