Veja também

DIVERSOS

Relato de um náufrago, de Gabriel García Márquez | Resenha

Publicada em vários capítulos no Jornal El Espectador, em 1955, “Relato de um náufrago” é uma das primeiras obras escritas por Gabriel García Márquez e nos apresenta um texto jornalístico, que causou fortes impactos na sociedade da época. A narrativa traz em detalhes os 10 dias de Velasco, um marinheiro que é arremessado, junto com outros colegas, de um navio durante uma tempestade em fevereiro de 1955. Velasco foi o único sobrevivente da tragédia e ficou à deriva sozinho em uma pequena balsa por 10 dias até ser encontrado em condições extremas.

NOTA 9/10

DIVERSOS

O retorno, de Dulce Maria Cardoso | Resenha

A literatura portuguesa já conquistou meu coração de leitora há anos, com várias obras entrando para a minha lista de favoritas da vida. O que sempre me incomodou, confesso, era a pouca presença de autoras mulheres nas minhas leituras. O Retorno, de Dulce Maria Cardoso, estava na minha estante há tempos - e fico muito feliz de finalmente ter dado uma chance a ele. Fui imediatamente envolvido pela narrativa e pela força da temática.

NOTA 9/10

DIVERSOS

NOTA 7,5/10

Suíte Tóquio, de Giovana Madalosso | Resenha

Publicado em 2020, “Suíte Tóquio” é um livro que retrata contrastes extremamente atuais, com os quais nos deparamos diariamente. De um lado, temos Fernanda, mãe de uma menina e uma profissional bem sucedida – embora sobrecarregada. De outro, temos a realidade de Maju, que trabalha na casa de Fernanda como babá da sua filha, Cora. No dia a dia, Fernanda relega os cuidados da filha para Maju, que não só desenvolve uma forte relação de afeto com a menina, mas que também sonha em ser mãe.

É a partir de capítulos alternando a perspectiva de duas mulheres com vidas distintas que a narrativa cativante construída pela autora se desenrola. E o que prende o leitor logo nos primeiros capítulos é o sumiço de Cora, que teria sido sequestrada pela babá. A mãe, que demora várias horas para concluir pelo sumiço da filha, começa a buscar pistas do que poderia ter acontecido com Cora. Junto com uma sensação de desespero, que é compartilhada com o leitor, Fernanda reflete sobre suas falhas na maternidade, ao mesmo tempo que vive novas descobertas sobre a própria identidade.

Fica difícil de contar mais sobre o enredo sem deixar spoilers, as motivações para o possível sequestro da menina são relevados aos poucos. A realidade sobre a vida de Maju vai revelando sua personalidade e as razões que a levaram a desenvolver uma espécie de obsessão com a menina. E enquanto conhece o passado da babá, o leitor acompanha os problema enfrentados pelo plano arquitetado pela babá para conseguir levar Cora para sua nova vida.

São várias as reflexões que encontramos no texto de Giovana, que vão desde as dificuldades – e até um possível arrependimento – com a maternidade, até temas como desigualdade social e relacionamentos em decadência. A escrita da autora é fluída, com toques de um humor ácido. Por outro lado, confesso que não consegui me envolver tanto com as personagens que, na minha opinião, são um pouco previsíveis. É uma boa leitura, daquelas que pendem o leitor, confirmando a autora como um dos grandes nomes da nossa literatura contemporânea!
Nota 7,5/10

Deixe seu comentário

O seu endereço de email não será publicado.

Campos obrigatórios são marcados*.

Nome*:

Email*:

Comentário*

Veja também

DIVERSOS

#DesafioBookster2023 | Fevereiro

Mês: Fevereiro
Tema: Epidemias/Pandemias
Livro: Nêmesis, de Philip Roth

NOTA

DIVERSOS

O ano do pensamento mágico, de Joan Didion | Resenha

Eu não sei se isso acontece com todo mundo, mas livros sobre perdas e luto me impactam muito. É claro que o tema, por si só, é muito sensível e causa comoção no leitor. Mas o que me atrai é a possibilidade de acompanhar o desenvolvimento dos sentimentos de quem - sejam uma obra ficcional ou não - enfrenta uma dor tão irreparável. É como se eu ajudasse, de alguma forma, aquela pessoa quando sobre a história compartilhada.

NOTA 10/10