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Relato de um náufrago, de Gabriel García Márquez | Resenha

Publicada em vários capítulos no Jornal El Espectador, em 1955, “Relato de um náufrago” é uma das primeiras obras escritas por Gabriel García Márquez e nos apresenta um texto jornalístico, que causou fortes impactos na sociedade da época. A narrativa traz em detalhes os 10 dias de Velasco, um marinheiro que é arremessado, junto com outros colegas, de um navio durante uma tempestade em fevereiro de 1955. Velasco foi o único sobrevivente da tragédia e ficou à deriva sozinho em uma pequena balsa por 10 dias até ser encontrado em condições extremas.

NOTA 9/10

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O retorno, de Dulce Maria Cardoso | Resenha

A literatura portuguesa já conquistou meu coração de leitora há anos, com várias obras entrando para a minha lista de favoritas da vida. O que sempre me incomodou, confesso, era a pouca presença de autoras mulheres nas minhas leituras. O Retorno, de Dulce Maria Cardoso, estava na minha estante há tempos - e fico muito feliz de finalmente ter dado uma chance a ele. Fui imediatamente envolvido pela narrativa e pela força da temática.

NOTA 9/10

CLÁSSICOS, FICÇÃO, LIVROS

NOTA 8,5/10

Um jogador, Fiódor Dostoiévski | Resenha

A literatura russa consegue ser uma caixinha de boas surpresas! “Um jogador” é uma novela de Dostoiévski que já estava na minha lista há um tempo, já que era frequentemente indicada como uma obra que trazia humor junto da habilidade de escrita do autor. E é isso que ele entrega: uma boa história, sem deixar de lado a sua interessante análise sobre o psicológico dos personagens.

A obra se passa em Roletemburgo, uma cidade fictícia que se assemelha a uma pequena cidade alemã (confesso que pesquisei o nome da cidade para descobrir onde ficava). O protagonista é Aleksei Ivanovitch, um jovem russo que trabalha como professor e que esconde um vício em jogos e cassino. A trama vai se desenrolando nessa pequena cidade acompanhando a relação de Aleksei com personagens de diferentes nacionalidades (russos, alemães, franceses, ingleses), mas que compartilham um interesse em comum: o dinheiro. Na verdade, o dinheiro é o que conduz a vida dos que habitam Roletemburgo.

Para mim, o início da leitura foi um pouco lento e confuso, com tantos nomes de personagens. No entanto, aos poucos, a narrativa foi me prendendo e passei a sentir a aflição do personagem principal e daqueles que iam perdendo dinheiro – e toda a paz – no cassino. Também não há como negar que Dostoiévski conseguiu me arrancar boas risadas (minha personagem favorita foi a avó)!

É interessante mencionar que a novela foi escrita em um curto espaço de tempo, quando o autor estava afundando em dívidas e com a obrigação de entregar um novo livro para seu editor o quanto antes. Talvez toda essa atmosfera de pressão e desespero justifique uma obra que fuja um pouco da escrita e temática do autor. Inclusive, o próprio Dostoiévski também era um frequentador de cassinos, o que contribuiu para as suas dívidas.

Esta é uma ótima leitura e que pode ser uma opção para quem quer iniciar nas obras do autor russo!

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Com mais de 1 milhão de exemplares vendidos no mundo todo, o livro foi escolhido por vocês! Apesar de muitos elogios, também recebi várias mensagens de leitores que acharam puro “hype” ou sem qualquer valor literário. Mas, e aí?

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ais periféricos do mercado editorial. É importante valorizar quando editoras fazem esse movimento de trazer obras pouco conhecidas, o que é o caso de “Mandíbula”, da equatoriana Mónica Ojeda, que agora povoa as livrarias após a publicação da @autentica.contemporanea !

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