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Relato de um náufrago, de Gabriel García Márquez | Resenha

Publicada em vários capítulos no Jornal El Espectador, em 1955, “Relato de um náufrago” é uma das primeiras obras escritas por Gabriel García Márquez e nos apresenta um texto jornalístico, que causou fortes impactos na sociedade da época. A narrativa traz em detalhes os 10 dias de Velasco, um marinheiro que é arremessado, junto com outros colegas, de um navio durante uma tempestade em fevereiro de 1955. Velasco foi o único sobrevivente da tragédia e ficou à deriva sozinho em uma pequena balsa por 10 dias até ser encontrado em condições extremas.

NOTA 9/10

DIVERSOS

O retorno, de Dulce Maria Cardoso | Resenha

A literatura portuguesa já conquistou meu coração de leitora há anos, com várias obras entrando para a minha lista de favoritas da vida. O que sempre me incomodou, confesso, era a pouca presença de autoras mulheres nas minhas leituras. O Retorno, de Dulce Maria Cardoso, estava na minha estante há tempos - e fico muito feliz de finalmente ter dado uma chance a ele. Fui imediatamente envolvido pela narrativa e pela força da temática.

NOTA 9/10

FICÇÃO, LIVROS

NOTA 9/10

Violeta, de Isabel Allende | Resenha

Já imaginou ler a história de alguém que nasceu em meio a gripe espanhola, na década de 20, e viveu para testemunhar o mundo paralisado pela pandemia em pleno 2020? Bom, é justamente essa linha de tempo contemplada por “Violeta” que, ainda por cima, conta com a escrita fantasiosa de Allende.

São diversos os momentos históricos que a autora atravessa por meio de seu último livro (best seller em diversos países). Violeta del Valle foi a primeira garota em uma família repleta de meninos. Talvez esse fato tenha tornado Violeta uma mulher que sempre buscava se destacar no ambiente em que vivia. Mas essa tarefa não foi fácil, e nem sempre bem sucedida. Tendo nascido no início do século XX, Violeta vivenciou passagens históricas que afetaram sua trajetória. Ao leitor, toda essa intensa narrativa é apresentada por meio de uma carta dedicada a Camilo, uma figura que até então desconhecemos.

Enquanto ainda criança, a protagonista teve que deixar a vida das cidades e se “refugiar” em um local isolado do país, que não nos é especificado por Allende, tudo como forma de proteção do pai contra a grande crise financeira que afetou o mundo no ano de 1929. E é nesse ambiente rodeado por natureza, com a presença de descendentes de povos indígenas e sob a tutoria de uma jovem europeia que Violeta cresce.

A escrita é bem fluida e gostosa de ler, como é de se esperar dos livros de Allende. Confesso que no meio do livro o ritmo acaba ficando mais lento, mas a autora consegue recuperá-lo na última parte. Talvez isso até seja proposital, já que a autora pretendia mostrar como tantos acontecimentos históricos vão acontecendo em uma vida de alguém aparentemente comum, que não é a heroína, nem a vilã de uma história. Violeta é uma mulher que vive seus amores, sofre suas perdas e questiona injustiças que passam à sua frente.

Nesse ponto, achei bem interessante como a autora aborda algumas questões sociais relevantes sobre as quais nunca havia lido nada tão específico em seus outros romances. É o sinal de que alguns assuntos não podem ficar de lado nos tempo em que vivemos! Leitura que recomendo para todo mundo!

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É sempre a hora da nossa morte amém, de Mariana Carrara | Resenha

Junto com “Se Deus me chamar não vou”, os títulos dos livros de Mariana Carrara são uma experiência por si só. Já no seu conteúdo, a jovem paulistana me surpreendeu com a sua capacidade de escrever assuntos sensíveis sobre nossa condição e que exigem um alto nível de vivência e amadurecimento.

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Uma noite, Markovitch, de Ayelet Gundar-Goshen | Resenha

Literatura israelense contemporânea. Obra premiada. Toques de realismo fantástico. Contexto histórico envolvendo a Segunda Guerra Mundial e a Guerra de libertação de Israel.

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