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#DesafioBookster2024 | Novembro

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Mamãe & eu & Mamãe, de Maya Angelou | Resenha

A busca por uma efetiva reconciliação entre pais e filhos é tratada na literatura há séculos. Para a ativista e poeta norte-americana, Maya Angelou, esse processo teve início muito cedo, aos 13 anos. Depois de problemas no casamento, Maya e seu irmão mais velho foram abandonados pela mãe quando os dois ainda eram muito pequenos. A infância foi vivida na casa da avó paterna, em um estado racista no sul dos Estados Unidos.

NOTA 9/10

FICÇÃO, LIVROS

NOTA 9/10

Violeta, de Isabel Allende | Resenha

Já imaginou ler a história de alguém que nasceu em meio a gripe espanhola, na década de 20, e viveu para testemunhar o mundo paralisado pela pandemia em pleno 2020? Bom, é justamente essa linha de tempo contemplada por “Violeta” que, ainda por cima, conta com a escrita fantasiosa de Allende.

São diversos os momentos históricos que a autora atravessa por meio de seu último livro (best seller em diversos países). Violeta del Valle foi a primeira garota em uma família repleta de meninos. Talvez esse fato tenha tornado Violeta uma mulher que sempre buscava se destacar no ambiente em que vivia. Mas essa tarefa não foi fácil, e nem sempre bem sucedida. Tendo nascido no início do século XX, Violeta vivenciou passagens históricas que afetaram sua trajetória. Ao leitor, toda essa intensa narrativa é apresentada por meio de uma carta dedicada a Camilo, uma figura que até então desconhecemos.

Enquanto ainda criança, a protagonista teve que deixar a vida das cidades e se “refugiar” em um local isolado do país, que não nos é especificado por Allende, tudo como forma de proteção do pai contra a grande crise financeira que afetou o mundo no ano de 1929. E é nesse ambiente rodeado por natureza, com a presença de descendentes de povos indígenas e sob a tutoria de uma jovem europeia que Violeta cresce.

A escrita é bem fluida e gostosa de ler, como é de se esperar dos livros de Allende. Confesso que no meio do livro o ritmo acaba ficando mais lento, mas a autora consegue recuperá-lo na última parte. Talvez isso até seja proposital, já que a autora pretendia mostrar como tantos acontecimentos históricos vão acontecendo em uma vida de alguém aparentemente comum, que não é a heroína, nem a vilã de uma história. Violeta é uma mulher que vive seus amores, sofre suas perdas e questiona injustiças que passam à sua frente.

Nesse ponto, achei bem interessante como a autora aborda algumas questões sociais relevantes sobre as quais nunca havia lido nada tão específico em seus outros romances. É o sinal de que alguns assuntos não podem ficar de lado nos tempo em que vivemos! Leitura que recomendo para todo mundo!

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