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Não é segredo que sou fã de ficção e que a maioria das minhas leituras está inserida nesse gênero. Mas a verdade é que frequentemente sou surpreendido - de forma positiva - quando me aventuro em obras mais técnicas e que buscam aproximar o leitor de temas relevantes. E foi esse o caso de “O animal social”, uma referência na área da psicologia social, publicado em 1972.

NOTA 9/10

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O vício dos livros, de Afonso Cruz | Resenha

Livros sobre livros me encantam - talvez isso explique o motivo de eu ter escrito um. Gosto muito de entender como a literatura é uma experiência individual e como os livros desempenham diferentes papéis na vida de um leitor. Quando soube que o autor português tinha uma coletânea de textos sobre o tema, logo coloquei “O vício dos livros” na minha lista de próximas leituras. O título já gerou uma identificação imediata: assim como Afonso Cruz, eu também dependo da literatura para conseguir estar no meu estado de “normalidade” (entre muitas aspas).

NOTA 7,5/10

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Pais e filhos, Ivan Turgueniev | Resenha

Russos: cada nova leitura, uma surpresa boa! Não foi diferente com Turgueniev. “Pais e filhos” está na minha lista de livros favoritos! A leitura fluiu muito bem para mim e achei a temática muito interessante! O livro traz a história do jovem Arkádi Nikolaitch que, depois de um tempo estudando na cidade, decide voltar ao interior, para a propriedade em que seu pai e seu tio vivem. Nessa visita, Arkádi leva um amigo, Bazárov, que na minha opinião é um dos personagens mais marcantes da obra. A partir desse encontro, Turguêniev retrata um verdadeiro choque entre gerações e ideologias distintas. Enquanto o pai e tio de Arkádi representam os valores de uma geração conservadora, pautada em uma moral aristocrática militar, em que a servidão era defendida, Bazárov é a alegoria de “revolta” contra o pensamento tradicional. É, inclusive, nessa obra que surge de forma mais direta o termo niilismo, movimento que nega qualquer tipo de instituição e autoridade. Bazárov é um personagem que desperta sentimentos conflitantes no leitor, pois acaba sendo exagerado na defesa de seus ideais e, ao mesmo tempo que se intitula um niilista, não se incomoda de viver em condições aristocráticas.

Também vale mencionar que esse contraste de gerações é construído com diálogos extremamente inteligentes e sarcásticos, e retrata características da sociedade e da época em que foi escrito (década de 1860).
Achei interessante o fato de o autor tecer críticas, diluídas ao longo do texto, aos pensamentos de ambas as gerações. Ou seja, o próprio leitor não consegue tirar uma conclusão do que Turguêniev entendia como correto. Isso rendeu ao autor críticas tanto por parte de conservadores, como dos que defendiam o rompimento com os pensamentos tradicionais.
Por fim, a escrita de Turgeniêv não é complexa ou densa, mas econômica, com um ótimo toque de ironia e humor (principalmente nas falas de Bazárov). Ele foi o primeiro autor moderno russo a publicar as suas obras e ficar conhecido no ocidente.

Ah, essa edição é da finada Cosac Naify e está esgotada (editoras, repliquem esse livro!!!)! Mas já me falaram que é possível encontrar na internet uma versão digital.
Editora: Cosac & Naify
Ano de publicação: 1982
Número de páginas: 352
Link de compra: https://amzn.to/2QBvJXL

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