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DIVERSOS

Relato de um náufrago, de Gabriel García Márquez | Resenha

Publicada em vários capítulos no Jornal El Espectador, em 1955, “Relato de um náufrago” é uma das primeiras obras escritas por Gabriel García Márquez e nos apresenta um texto jornalístico, que causou fortes impactos na sociedade da época. A narrativa traz em detalhes os 10 dias de Velasco, um marinheiro que é arremessado, junto com outros colegas, de um navio durante uma tempestade em fevereiro de 1955. Velasco foi o único sobrevivente da tragédia e ficou à deriva sozinho em uma pequena balsa por 10 dias até ser encontrado em condições extremas.

NOTA 9/10

DIVERSOS

O retorno, de Dulce Maria Cardoso | Resenha

A literatura portuguesa já conquistou meu coração de leitora há anos, com várias obras entrando para a minha lista de favoritas da vida. O que sempre me incomodou, confesso, era a pouca presença de autoras mulheres nas minhas leituras. O Retorno, de Dulce Maria Cardoso, estava na minha estante há tempos - e fico muito feliz de finalmente ter dado uma chance a ele. Fui imediatamente envolvido pela narrativa e pela força da temática.

NOTA 9/10

LIVROS

NOTA 09/10

Adua, Igiaba Scego

Um romance extremamente forte e impactante, que tem como pano de fundo as consequências de um colonialismo devastador e a relação conturbada – e violenta – de um pai e filha. Nascida na Somália da década de 70, Adua teve uma infância marcada pela indiferença e falta de afeto por parte de seu pai, Zoppe, e ainda foi vítima da mutilação genital feminina quando criança. Com a morte de sua mãe no parto, Adua acaba sendo vista como responsável pelo ocorrido.

Sem ter muito a que se apegar em seu país, Adua migrou para a Itália com a promessa de se tornar uma atriz de cinema de sucesso. Mas a protagonista logo percebe que foi enganada e que, na verdade, seu destino seria marcado por muito sofrimento. A história é narrada em primeira pessoa, por uma Adua de idade mais avançada que, depois de tanto tempo morando na Itália, ainda não sabe identificar qual a sua verdadeira casa.

Além dos capítulos que levam o seu nome, a narrativa é alternada com capítulos sobre a história Zoppe e com pequenos capítulos contendo sermões – bem duros – que Adua ouvia de seu pai. Zoppe atuou como intérprete dos italianos, a serviço do regime fascista nos anos que antecederam a 2a Guerra. Além de vitima de racismo, por ser um negro trabalhando em um ambiente cercado com homens brancos, Zoppe também sofria com uma culpa dilacerante, por ajudar os inimigos na guerra contra o seu próprio povo. Apesar de todo esse sofrimento, Zoppe se torna um pai ausente e agressivo.

É um livro curto, mas gigante em seu conteúdo. São muitos temas abordados e que reforçam os problemas decorrentes do colonialismo na África, como imigração e racismo. Foi um livro que terminei com uma sensação de querer mais,  senti que a autora poderia ter entretido o leitor por mais páginas, principalmente sobre os detalhes da vida do pai da protagonista. A narrativa não é linear e em alguns momentos pode deixar o leitor um pouco confuso, mas nada que atrapalhe a experiência com a obra.

Ao final, Igiaba, filha de somalis e nascida na Itália, conta para o leitor um pouco do processo de escrita da obra e de características histórias dos diferentes momentos em que a narrativa se desenvolve.

Trecho do livro:

“Nisso Roma foi muito avarenta com ele. E pensar que havia imaginado belas mulheres loiras à sua disposição e tantos amigos com quem jogar sinuca. Mas logo descobriu que em Roma um preto tinha que tomar muito cuidado. ‘Se possível’, disse-lhe uma os chefes, ‘deveria fazer o possível para desaparecer.’
Ele havia imaginado Roma como um palácio a céu aberto, mas era toda mijada por cães humanos. E volta e meia o fedor de latrina lhe revirava o estômago. Mas nunca quanto a tristeza de ver quão pouco amado ele era pouco amado pela população. Às vezes, o desgosto por ele ficava muito claro com as cuspidas imprevistas de que ele se esquivava com grande maestria.
Eis porque precisava desaparecer, fazer-se invisível.”
Editora: Nós
Ano de publicação original: 2010
Número de páginas: 170
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PEDRO PACÍFICO

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LIVROS

A moça do internato, Nadiêjda Khvoschínskaia

Primeira obra escrita por uma escritora russa que leio! É um livro curto, com uma narrativa fluida e que consegue envolver o leitor. Escrito em 1861, “A moça do Internato” conta a história de Liôlienka, uma garota jovem, boa aluna e nascida em uma pequena cidade do interior da Rússia.

NOTA 09/10

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