Nessa obra, Holmes, e seu companheiro Watson, precisam desvendar o mistério por trás da morte de Charles Baskerville e da lenda de que teria sido assassinado por um cão fantasma que assombra a família Baskerville há várias décadas. No todo, gostei do livro, mas confesso que estava esperando um enredo mais complexo e um aprofundamento maior dos personagens. Comparando com outros romances investigativos contemporâneos, não achei que O cão dos Baskerville tenho algo que se destaque. No entanto, a análise dessa obra deve levar em conta a época em que foi publicado – 1902 – o que justamente é uma das intenções do #desafiobookster2018. De fato, Sir Conan Doyle foi um marco no gênero de literatura policial, Sherlock Holmes foi o primeiro investigador do romance policial que usou o método científico e a lógica dedutiva para desvendar os crimes. Por isso, é evidente que naquela época a obra deve ter tido um impacto muito maior nos leitores. Também é importante lembrar que O cão dos Baskerville foi publicado em partes, em uma revista, o que deveria criar nos leitores uma grande ansiedade pela próxima edição. Além disso, não tem como negar a capacidade que o autor tem de trazer o leitor para participar da história, tentando desvendar o mistério na medida em que novas informações são apresentadas. A escrita é instigante e bem fluída, com uma grande quantidade de diálogos. Na minha opinião, um dos pontos mais interessantes dessa obra foi a áurea de sobrenatural que paira ao longo de toda narrativa. Resumindo, é um clássico da literatura policial, gostoso de ler, mas que ficou aquém das minhas expectativas. Talvez eu precise ler outros livros do Sherlock Holmes para concluir se o “problema” foi a história em si ou se a escrita de Sir Conan Doyle não me empolga tanto.
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