Assim como Valter Hugo Mãe, Mia Couto é uma das grandes surpresas da literatura contemporânea da língua portuguesa. A escrita é extremamente poética, como se o autor tivesse pensado muito antes de inserir uma nova palavra, e agradável. Além disso, o autor tem uma capacidade impressionante de envolver o leitor não só com a narrativa, mas também com os personagens por ele tão bem construídos. Em A confissão da leoa, acompanhamos os relatos – alternados – de Arcanjo, caçador enviado a uma aldeia moçambicana para proteger os moradores dos ataques de leões, e Marimar, uma habitante “rebelde” dessa aldeia! Apresentando ao leitor a ótica de cada um dos protagonistas, Mia Couta insere uma forte crítica social à condição das mulheres africanas que, não por outro motivo, são as principais vítimas dos ataques dos leões. Não foi o meu livro preferido do autor, pois achei que ele poderia ter se aprofundado mais em alguns momentos, mas ainda assim é muito bom! Quais obras vocês recomendam de Mia Couto?
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