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Um manifesto literário e íntimo. Com menos de 100 paginas, Édouard Louis constrói um texto híbrido, que combina críticas sociais à desigualdade e à sociedade opressora em que vivemos, com suas memórias, em especial a sua conturbada relação com seu pai, que não aceitava um filho gay. Se a autoaceitação de uma pessoa da comunidade LGBTQIA+ já é um processo difícil e dolorido, enfrentar esses medos com a repulsa familiar é uma tarefa muito mais sofrida.

NOTA 9/10

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Uma história desagradável, de Fiódor Dostoiévski | Resenha

Diferentemente do seus romances mais densos, que se aprofundam nos conflitos e angústias dos personagens, “Uma história desagradável” é uma obra curta e que revela um Dostoiévski mais cômico e menos psicológico. E o que começa com uma premissa bem humorada, acaba levando para um desenvolvimento desagradável - para não dizer caótico.

NOTA 9/10

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NOTA

Abandonar ou não um livro?

E ai, você abandona um livro quando não está gostando? Para mim, a resposta é muito fácil. Mas sinto que há um receio geral de abandonar um livro de forma consciente. E digo consciente, porque não estou falando de deixar aos poucos uma leitura de lado, o que acontece principalmente quando você não tem o hábito da leitura. Esse post é sobre tomar a decisão de simplesmente não continuar um livro, colocá-lo na estante com o marcador no meio, e partir para o próximo.

Tem quem não consiga desistir de uma obra, como se isso significasse que não conseguiu ler o livro ou como se a leitura fosse melhorar a qualquer momento.
Eu já superei essa sensação de “culpa” por abandonar uma livro. Na verdade, tem TANTA coisa boa que eu quero ler, que a culpa é justamente por ficar perdendo tempo com uma obra que não está me agradando. E não estou dizendo para você sempre abandonar uma leitura depois de algumas páginas mais paradas! Acho que um livro pode ter momentos melhores e piores, então para poder tomar essa escolha você tem que dar uma ou duas chances antes! Eu costumo colocar um critério objetivo de ler ao menos 100 páginas do livro. Na minha opinião, a partir desse ponto você já consegue ter uma ideia melhor da proposta do autor.

Antes de abandonar, também costumo procurar na internet comentários de outras pessoas sobre a obra. É bem provável que alguém tenha tido a mesma opinião que você e, assim, pode confirmar se esse “problema” melhora ao longo do livro.
Ah, e acho que um dos aspectos mais interessantes da leitura é justamente como cada livro vai despertar uma sensação diferente em cada leitor. Por isso, não sinta culpa se você quer abandonar um livro que todo mundo amou ou vice-versa. A experiência com a obra é muito pessoal.

Atualmente acabo abandonando cada vez menos livros. A resposta é simples: a escolha da próxima leitura é mais criteriosa, então as chances de “dar errado” são menores (mas existem)!

Os últimos livros que abandonei foram “120 dias de sodomia”, Marquês de Sade; “Caixa-preta”, Amós Oz; e “O pintassilgo”, Donna Tart (tem um post com resenha de cada, explicando minha experiência)!
E vocês, já abandonaram um livro? Qual?

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alexandre cincinato disse:

Sim, abandonei o livro “Últimos Pedidos”, de Graham Swift, publicado aqui no Brasil em 1999. Tradução de José Antônio Arantes. Não cogitei desfazer do volume nesse meio tempo entre a aquisição, em 2007 e 2015. O motivo: ouvi o Ivan Lessa citar longamente a obra no programa da Rádio CBN o “Certas Palavras” que era transmitido dentro das madrugadas paulistanas. Ivan Lessa tinha essa “coluna” chamada “Livros e Autores”, que eu gravei numa fita cassette (k-7), provavelmente em 1999. O movimento do texto executou um adestramento de minha capacidade da apreensão da estória narrada pelo José Antônio Arantes. Concluída a leitura fiquei às voltas com este momento literário por muitos meses.

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